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5.7.05

Conflito interno



Domingo assisti "Guerra dos Mundos" com amigos meus. Cheguei cinco minutos atrasado, como de costume. Me arrependi de ter pago R$ 9,00: não por causa do filme, mas sim porque não havia ninguém fiscalizando a entrada na sala. Poderia ter entrado sem pagar. Sobrava mais pra pipoca.

O filme abre com a narração de Morgan Freeman: o discurso é fiel ao primeiro capítulo do livro de Herbert George Wells, de 1898. Só teve de ser adaptada para os dias atuais.
Ray Ferrier (Tom Cruise) recebe uma missão: cuidar dos filhos durante um fim-de-semana, enquanto sua ex-esposa (Miranda Otto) viaja com seu novo parceiro.
Mas Ray é relapso. Do tipo que esquece até da alergia a amendoins que sua filha sofre, a ponto de perguntar desde quando ela tem isso. “Desde o nascimento”, responde a garotinha.

Os alienígenas ficam em segundo plano. Algo meio “Sinais”: enquanto o filme de Shyamalan se focava na recuperação da fé de seu personagem principal, aqui Spielberg mira na relação entre Ferrier e seus filhos. O que, no final das contas, acaba funcionando, superando minhas expectativas.

Vou ser sincero: fui ao cinema esperando um espetáculo de efeitos especiais. E só. Mas acabei por torcer o nariz. O filme consegue entreter sem nenhuma dificuldade, nos passando a sensação de urgência, o que é bom, já que isso faz com que o espectador fique preso na cadeira.

Cruise vem melhorado, aos poucos, sua interpretação. Mas nada a ponto de conquistar minha simpatia. Faz o que sempre fez. Seu papel aqui não foi dos mais desafiadores.
A química funciona mesmo por causa da ótima Dakota Fanning – demonstrando sua atuação fora do comum em uma passagem, onde pude ter a crível sensação de medo estampado nos olhos dela ao ver o caos instalado na cidade.

Com uma resolução aceitável – mas um pouco confusa – o filme é apenas bom. Ótimos efeitos especiais, boas tomadas – especialmente aquela que se passa em uma estrada, enquanto Cruise dirige um carro e a câmera gira, entra e sai do veículo sem cortes num perfeito plano contínuo – e uma direção cuidadosa. O que dói mesmo é a moderação de Spielberg, que espero que se esqueça que tem filhos pequenos – e que tudo o que faz no momento, seja apropriado para eles -, e me choque com alguns corpos estirados no chão da próxima vez e talvez assim consiga conferir uma dramaticidade maior às suas produções.

4 comentários:

  1. Hugo , valeu por visitar e comentar no meu blog pensamentoautonomo.
    Está bem no começo mas vale a pena insistir...além de ajudar muito no desenvolvimento da escrita...
    que mal lhe pergunte, de onde vc conhece meu blog ? algume lhe indicou? se achar conveniente , link meu blog com o seu ...vou fazer o mesmo.
    vc tbem é de Cuiabá? eu faço Publicidade na Unirondon.

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  2. Bem, senhor Hugo, eu estava curioso sobre esse filme, mas já ví que posso esperar até sair nas locadoras, afinal de contas.

    Pelo seu comentário no meu blog, posso tentar deduzir que esteja namorando e que tenha utilizado umas experiências próprias! ;)

    Não chamaria de mentiras, porque quando realmente gostamos de alguém, essas coisas de gordurinhas e coisa e tal não incomodam! Quando começam a incomodar, alguma coisa já não está como deveria!

    Espero vê-lo com frequência! Já está em meus favoritos, para minha ronda diária de comentários! Gosto de postar, mas comentar tem um sabor especial!

    É isso!
    Abração!

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  3. Hugo : ainda estou lutando com meu blog pra descobrir como se coloca um link...em breve tbem coloco o seu blog lá...
    duvida: vc tbem faz jornalismo na ufmt?

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