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10.5.06

(Y)



Ontem assisti a apresentção do pianista Arthur Moreira Lima.
Ele está aqui em Cuiabá cumprindo o itinerário de seu projeto "Um Piano Pela Estrada". Daqui, ele segue para Chapada dos Guimarães. Depois ele cruza Rondônia até chegar ao Acre, onde encerra seu projeto.

Mesmo com a infeliz - para não dizer irresponsável - escolha do local, tudo correu bem. O repertório, bem executado na maior parte do tempo, começou com "Jesus Bleibet Meine Freude" de Bach e seguiu com Mozart, Villa-Lobos, Carlos Gomes, Pixinguinha, Ernesto Nazareth e Luiz Gonzaga - este último interpretado numa versão no mínimo esquisita de "Asa Branca".

Para encerrar, o pianista executou o Hino Nacional brasileiro. O interessante nisso é que, ao começar o hino, eu, de forma mais do que automática, me levantei, juntei os pés e me endireitei - o velho barriga-para-dentro-peito-para-fora.
Aos poucos o povo se viu forçado a repetir o gesto. Oras! Todos deveriam fazer o mesmo! Afinal não tiveram eles, um dia, que fazer o mesmo na escola?
Mesmo assim não fugi de alguns olhares brutalmente afiados seguidos de expressões nada amigáveis. "Que desgraçado! Vai me forçar a me levantar agora...", provavelmente pensou a senhora que estava ao meu lado degustando um vinho muito, mas muito barato.

No fim, foi tudo culpa das aulas de Educação Moral e Cívica.

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